Subindo A Linha

A América inteira ri da Bestia Negra

In this Thursday, May 21, 2015 photo, Ramiro Funes Mori of Argentina's River Plate, left, fights for the ball with Henrique of Brazil's Cruzeiro during a Copa Libertadores quarter finals soccer match in Buenos Aires, Argentina. (AP Photo/Natacha Pisarenko)

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José Eduardo

Uma semana depois de fazer história, o Cruzeiro entrará novamente para os anais do futebol. A derrota para o River Plate sacramenta a queda de um time que começou mal, enganou o torcedor e voltou para o fracasso. De consolação, o time celeste sai da competição com dois recordes.

Na quinta-feira passada, o Cruzeiro foi ao Monumental de Nuñez e se consagrou como a primeira equipe na história a vencer o River Plate na casa do rival e o Boca Juniors, na Bombonera. A proeza foi comemorada pelos cruzeirenses, justamente, como o marco da grandeza do clube. Faço mea culpa. Comemorei muito aqui mesmo, no Subindo a Linha, e tinha razão. Era um fato histórico. Histórico também o Cruzeiro ter sido o brasileiro com mais vitórias na Libertadores.

Mas a derrota desta quarta-feira parece apagar tudo. Uma atuação horrorosa. O time jogou os 90 minutos perdido em campo. Ainda aos 5 minutos, Willian teve a chance de mudar a história, mas, cara a cara, chutou muito longe. A partir daí, uma goleada histórica estaria por vir. Dois gols no primeiro tempo, ambos em falhas individuais de Manoel, sacramentaram a vitória ainda no primeiro tempo. O resultado não era de impossível reversão. Mas a desorganização do time era visível. O time sentiu as falhas dos jogadores. Mena e Manoel foram nulos defensivamente. Willian, Arrascaeta e Damião pouco recebiam. E quando acontecia, perdiam a bola facilmente. O time não segurava a bola. Chutão atrás de chutão do Cruzeiro aproximavam o River da classificação. Um time que não é brilhante. Mas manteve a calma e valorizou a posse de bola.

No segundo tempo, o River administrou o resultado. Fez somente um gol. Cabia mais, muito mais. Foi a primeira vez que o River ganhou do Cruzeiro no Mineirão. Se o Cruzeiro já venceu Boca e River na Argentina, agora tem o desprazer de dizer que já perdeu em casa para a dupla hermana.

Derrota dupla para Marcelo Oliveira. Ver seu time sendo massacrado, impotente, e ainda perder a mãe na mesma semana. Uma boa sorte para o treinador.

Para o resto da temporada, é brigar por um 8º lugar no campeonato brasileiro. Quanto à Copa do Brasil, o time já mostrou que não tem maturidade para disputá-la. Para sonhar mais alto, o Cruzeiro precisa de reforços, principalmente no meio-campo. Depender de Arrascaeta, um garoto de vinte anos, ainda jogando improvisado parece irreal.

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