A América inteira ri da Bestia Negra

José Eduardo

Uma semana depois de fazer história, o Cruzeiro entrará novamente para os anais do futebol. A derrota para o River Plate sacramenta a queda de um time que começou mal, enganou o torcedor e voltou para o fracasso. De consolação, o time celeste sai da competição com dois recordes.

Na quinta-feira passada, o Cruzeiro foi ao Monumental de Nuñez e se consagrou como a primeira equipe na história a vencer o River Plate na casa do rival e o Boca Juniors, na Bombonera. A proeza foi comemorada pelos cruzeirenses, justamente, como o marco da grandeza do clube. Faço mea culpa. Comemorei muito aqui mesmo, no Subindo a Linha, e tinha razão. Era um fato histórico. Histórico também o Cruzeiro ter sido o brasileiro com mais vitórias na Libertadores.

Mas a derrota desta quarta-feira parece apagar tudo. Uma atuação horrorosa. O time jogou os 90 minutos perdido em campo. Ainda aos 5 minutos, Willian teve a chance de mudar a história, mas, cara a cara, chutou muito longe. A partir daí, uma goleada histórica estaria por vir. Dois gols no primeiro tempo, ambos em falhas individuais de Manoel, sacramentaram a vitória ainda no primeiro tempo. O resultado não era de impossível reversão. Mas a desorganização do time era visível. O time sentiu as falhas dos jogadores. Mena e Manoel foram nulos defensivamente. Willian, Arrascaeta e Damião pouco recebiam. E quando acontecia, perdiam a bola facilmente. O time não segurava a bola. Chutão atrás de chutão do Cruzeiro aproximavam o River da classificação. Um time que não é brilhante. Mas manteve a calma e valorizou a posse de bola.

No segundo tempo, o River administrou o resultado. Fez somente um gol. Cabia mais, muito mais. Foi a primeira vez que o River ganhou do Cruzeiro no Mineirão. Se o Cruzeiro já venceu Boca e River na Argentina, agora tem o desprazer de dizer que já perdeu em casa para a dupla hermana.

Derrota dupla para Marcelo Oliveira. Ver seu time sendo massacrado, impotente, e ainda perder a mãe na mesma semana. Uma boa sorte para o treinador.

Para o resto da temporada, é brigar por um 8º lugar no campeonato brasileiro. Quanto à Copa do Brasil, o time já mostrou que não tem maturidade para disputá-la. Para sonhar mais alto, o Cruzeiro precisa de reforços, principalmente no meio-campo. Depender de Arrascaeta, um garoto de vinte anos, ainda jogando improvisado parece irreal.

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