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Prévia Subindo a Linha – Copa América

Confira Falcão, João, José Eduardo e Rafael Montenegro comentando a Copa América que inicia hoje, a situação da CBF, Neymar, torcida e muito mais

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Contra tudo e contra todos: avante, guerreiras!

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Foto por Nicholas Kahn/AFP

Pedro Abelin

Começou a Copa do Mundo de 2015. Sim, a Copa do Mundo de Futebol Feminino teve mais uma edição iniciada, dessa vez no Canadá. E o esquadrão Canarinho, liderado pela craque Marta, começou sua trajetória na noite de ontem em busca do inédito título mundial. Em partida marcada pelo domínio brasileiro, o Brasil venceu a Coreia do Sul por 2 a 0 e assumiu a liderança do Grupo E da Copa.

Ainda que o Brasil tivesse amplo controle da posse de bola, as jogadoras brasileiras apresentaram dificuldade para furar a defesa coreana. O primeiro gol veio apenas aos 33 minutos da primeira etapa, quando Formiga aproveitou falha da zaga adversária para colocar a bola na rede. Com o tento marcado, Formiga entrou definitivamente para a história. A brasileira se tornou a jogadora mais velha a fazer um gol em Copas do Mundo. Marca mais do que merecida para uma atleta que dedica sua carreira a seleção brasileira há vinte anos, e sempre teve como característica a luta e a total entrega dentro de campo. Além disso, Formiga acumulou mais um recorde: a jogadora chegou ao incrível número de seis participações em Mundiais e divide o recorde com a japonesa Homare Saw.

No segundo tempo, a seleção brasileira voltou com ainda maior intensidade. Logo aos 8 minutos, Formiga – o nome do jogo – entrou na área adversária e foi derrubada por Cho. Pênalti claro. Marta, recordista de Bolas de Ouro da FIFA, cobrou com a categoria de costume e marcou o segundo gol brasileiro. Se perdeu com tantos recordes? Calma que tem mais. Ao colocar a bola na rede pela 15º vez em uma Copa do Mundo, a craque Marta se tornou a maior artilheira da história dos mundiais. Depois do segundo gol, o Brasil controlou a partida até o final e confirmou a ótima vitória na estréia da competição. As outras adversárias do Grupo, Costa e Rica e Espanha, empataram seu jogo em 1 a 1, possibilitando que as brasileiras já sejam líderes isoladas do grupo.

A nota negativa vai para a imprensa esportiva brasileira, que mais uma vez dedicou pequeno espaço para a cobertura do jogo. Mesmo após a grande vitória das brasileiras, as notícias do jogo não foram manchete nos principais jornais do Brasil. Essa situação só comprova o porquê das mulheres serem as verdadeiras guerreiras do futebol brasileiro. Apesar do descaso da CBF – que há anos promete um calendário e uma liga que seja coerente com a luta das futebolistas – e a ridícula cobertura dos meios de comunicação, as jogadoras brasileiras continuam lutando contra um contexto que nunca foi favorável para o futebol feminino. Mesmo com todos esses contra-incentivos, as mulheres do futebol brasileiro ainda trazem resultados fantásticos, acima das condições que lhes são propiciadas. Para ser sincero, as nossas futebolistas vem trazendo mais alegrias do que o futebol masculino (aniversário do 7 a 1 ta chegando!). Sendo assim, torço muito pelas mulheres do futebol brasileiro, e espero que independente dos resultados dessa Copa, o futebol feminino receba maior suporte da sociedade e das confederações brasileiras. Por isso mais do que nunca, avante, meninas!

O próximo compromisso brasileiro será no próximo sábado, às 17h, contra a seleção espanhola. As brasileiras, favoritas, poderão encaminhar a classificação se confirmarem a vitória. O jogo será transmitido pela TV Brasil. O guia feito pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com instruções de como sintonizar o canal pode ser acessado aqui

O time escalado pelo técnico Vadão na vitória contra a Coréia do Sul:

Brasil: Luciana, Fabiana, Mônica, Rafaelle (Géssica) e Tamires; Formiga, Andressa (Raquel Fernandes) e Thaisa; Marta, Cristiane e Andressa Alves (Rafaela). Técnico: Vadão

Os gols da vitória brasileira:

Vídeo: O gol espetacular de Messi em 16 dialetos diferentes

O canal do youtube iNJRHD fez uma seleção com 16 narrações marcantes, de vários lugares do mundo, do gol de placa (mais um) no último sábado, pela final da Copa del Rey, contra o Athletic de Bilbao.

A narração brazuca fica por conta de Rogério Vaughan, da ESPN, que esteve in loco