O que esperar de São Paulo, Corinthians e Galo focados no Campeonato Brasileiro?

José Eduardo

Sempre que começa o Brasileiro, ficamos descrentes sobre o futuro. Afinal, o calendário bizarro motiva os clubes que disputam a Libertadores a poupar os titulares no campeonato nacional.

Exemplo disso foi a rodada passada. O Galo foi à Allianz Parque (sim, Allianz Parque, porque respeitamos os naming rights que foram comprados pela seguradora. Não temos problema em fazer propaganda gratuita, uma vez que este é o nome, de direito, do estádio) e enfrentou o Palmeiras com um time misto. Empatou naquela que foi a melhor partida da rodada. 2 a 2. Mas aquele não é o time que vai disputar o brasileiro. Então, esquece o que aconteceu em São Paulo, não serve de parâmetro.

Em Cuiabá, o pior jogo da rodada (lado a lado com Vasco e Goiás) foi protagonizado por Cruzeiro B x Corinthians B. Dois times mais do que reservas fizeram uma partida com nível técnico deplorável e um alto índice de sonolência entre os torcedores.

O São Paulo enfrentou o Flamengo com um time quase titular. Jogo morno mas o Tricolor foi superior. A cabeça estava na Libertadores e o Flamengo não foi um adversário complicado.

Agora começa o Brasileiro de verdade para os três favoritos ao título. Já largam com boa vantagem. São Paulo e Corinthians com 3 pontos e o Galo com um excelente empate na Allianz Parque, onde será difícil pontuar como visitante. Além disso, os outros dois postulantes ao título continuam na Libertadores e perderam na primeira rodada. Cruzeiro e Inter provavelmente perderão mais alguns pontos até voltarem a atenção totalmente ao campeonato nacional.

Se fosse para escolher um campeão, eu diria ser o Corinthians. O time fez um início de ano devastador. O esquema proposto por Tite encaixou perfeitamente e Guerrero e Elias são o diferencial do time do Parque São Jorge. A zaga continua sólida como foi nos anos anteriores. O antes contestado Felipe é a grande surpresa este ano. Além disso, venceu o Cruzeiro fora de casa (apesar de o jogo ter sido em Cuiabá, devido a uma suspensão herdada pelo clube celeste ainda no ano passado) e conseguiu 3 pontos, difíceis para as outras equipes.
O segundo seria o Galo. Mantendo a base campeã da Libertadores 2013 e da Copa do Brasil 2014 e, principalmente, o espírito lutador, a equipe de Levir Culpi buscará o título do início ao fim. Pratto supriu a saída de Tardelli com sobras. Foi o cara da semifinal contra o Cruzeiro. Levir, que sempre foi tachado de retranqueiro e medroso, deu a receita do seu novo trabalho: coragem. Colocou o time para frente na segunda etapa contra o Internacional, no Beira-Rio. A dúvida fica na lateral-direita. O time perde muito com a ausência de Marcos Rocha. Patric erra bastante na marcação. Mas a zaga sólida com o jovem Jemerson e Leonardo Silva e o ataque rápido e certeiro de Luan/Pratto dão a dimensão do potencial alvinegro.

O terceiro é o São Paulo. Favorito muito mais pelo que tem o time no papel e pelo preço do elenco que pelo futebol. O time do eterno interino Milton Cruz parece que não encaixa. A inconstância de Ganso, ora gênio, ora sumido, a insegurança da jovem zaga (Dória – 20 anos, Rafael Tolói – 24, Lucão – 19) mexe com o coração da torcida. O meio-de-campo e o ataque metem medo em qualquer um. Volantes técnicos (Souza, Denilson e Hudson), Michel Bastos completando o meio e o ataque de Copa do Mundo (Pato e Luís Fabiano). Na teoria, o São Paulo é o mais forte. Na prática, é inconstante e inseguro. Capaz de tomar gols bobos e fazer jogadas espetaculares. É a incógnita.

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