Muito obrigado, Xavi!
João
A pauta já estava definida desde o último final de semana e do jogo Flamengo 2 x 2 Sport, válido pelo Campeonato Brasileiro: meu texto iria versar sobre o esquema tático do meu clube de coração, na tentativa de entender os motivos pelos quais o rubro-negro carioca até agora não apresentou um futebol sequer razoável, ainda mais se considerarmos que o time B do São Paulo e o Sport em pleno Maracanã não serão os compromissos mais difíceis que se apresentarão neste campeonato.
Entretanto, um fato que me tinha passado relativamente desapercebido nesses últimos dias chamou a minha atenção de uma maneira bastante intensa neste sábado, 23/05/2015: a despedida de Xávi Hernández do Barça é agora, mais do que nunca, uma realidade palpável, distante apenas (mais) uma final de Champions League para esse meio campista que, caso entre em campo contra a Juve, se tornará o recordista de aparições em jogos do maior torneio entre clubes da Europa (e, do mundo, dado que, infelizmente e pelos mais diversos motivos, nossa querida Libertadores encontra-se muito aquém do alto nível apresentado nos estádios do Velho Mundo).
Xavi nunca foi um jogador habilidoso. Se prestarmos atenção, perceberemos que, mesmo em seu auge, seu jogo era composto basicamente por uma infinidade de passes curtíssimos. Chato, dizem alguns. Pois eu digo fantástico.
Xavi foi o melhor armador (posição que desapareceu dos campos brasileiros desde que começamos a fazer a distinção entre meio-campistas que jogam bola, os meias, e os meio-campistas que desarmam, volantes) que vi jogar. Com uma qualidade técnica irretocável e com sua inteligência e capacidade de leitura do jogo, Xavi foi por muitos anos o cérebro do melhor time de futebol deste início de século, o Barcelona de Guardiola (e de Messi, claro). Não bastasse isso, liderou uma seleção historicamente perdedora e ajudou a transformá-la na bicampeã europeia e campeã mundial temida por todos.
Quero usar este espaço para agradecê-lo. Muito obrigado, Xavi!
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