Guia do Brasileirão Subindo a Linha – Parte 2

José Eduardo

Os times de hoje são os supostos 16º,15º,14º,13º e 12º colocados. Os famosos coadjuvantes. Confira:

Chapecoense
Chapecoense
(A Arena Condá terá de funcionar para a Chape ficar na primeirona)

Ponto forte: fator mandante
Ponto fraco: fator visitante
Fique de olho: Camilo
Time base: Danilo – Apodi – Vilson – Rafael Lima – Dener Assunção – Abuda – Elicarlos – Gil – Camilo – Ananias – Roger

Após se salvar do rebaixamento no ano passado, a Chape vem para se firmar. Apostando em medalhões como Vilson, Apodi, Ananias, Roger, Edmilson, Abuda, Elicarlos e Gil e mantendo os maiores ídolos da atualidade do clube, Danilo, Camilo e Bruno Rangel, o time mostra que pode se manter de novo na primeira divisão.

O clube vem com uma excelente campanha nos seus domínios e uma campanha ridícula fora deles. São 3 vitórias e 3 derrotas até aqui. A pulga atrás da orelha incomoda porque das vitórias em casa, uma foi contra os frágeis Joinville e Coritiba e uma das derrotas foi contra o Flamengo, momentaneamente sem vitórias no Brasileirão.

O time não empolgou no catarinense mas não fez feio. Foi o terceiro colocado, no campeonato que contava com 4 times da elite nacional.

Mas se continuar vencendo em casa e perdendo fora, a Chape fica com 57 pontos e se livra tranquilamente do rebaixamento. Com um tropeço ou outro e, como os jogadores dificilmente sairão do clube por serem velhos conhecidos dos grandes brasileiros e não terem tido boas passagens por eles, a Chape se salva, mas com dificuldades.

PALPITE: SE SALVA POR POUCO

Figueirense
Figueirense v Sport - Brasileirao Series A 2014
(A sintonia Argel-Figueirense deu liga)

Ponto forte: Argel Fucks
Ponto fraco: Inexperiência
Fique de olho: Carlos Alberto
Time base: Alex Muralha, Leandro Silva , Marquinhos, Thiago Heleno, Cereceda, Paulo Roberto, Fabinho, Marquinhos Pedroso, Yago, Clayton, Everaldo

De virtual rebaixado a um time seguro, o Figueirense mudou completamente após a chegada de Argel Fucks no decorrer do campeonato brasileiro de 2014.
Argel deu uma cara ao time, assumiu as limitações e montou uma equipe que joga de forma segura na defesa e sai bem para os ataques.

Não é um time de encher os olhos, mas, com a folha salarial e qualidade técnica do time, o Figueirense é uma grata surpresa.

A incógnita, por enquanto muito positiva, é Carlos Alberto. Com passagens apagadas e/ou vergonhosas por Botafogo, Goiás e Vaco, o campeão mundial de 2004 com o Porto tem a chance de se re-erguer.

Além disso, o Figueira finalmente aprendeu a fazer valer seu mando de campo. A torcida não faz do estádio um alçapão, mas o próprio time conseguiu se sentir em casa. Vai ser difícil conseguir pontos no Orlando Scarpelli.

O Figueira tem duas opções no campeonato: manter a base e, principalmente, o técnico ou, quando vierem as derrotas, demiti-lo e, assim, cair. Por via das dúvidas, uma provável 14ª colocação para o time do continente de Florianópolis parece apropriada.

PALPITE: SE SALVA SEM SUSTOS

Atlético-PR
Arena
(A Arena cinza cada vez mais vermelha)

Ponto forte: Arena da Baixada
Ponto fraco: Walterdependência
Fique de olho: Douglas Coutinho
Time base: Weverton, Eduardo, Gustavo, Kadu, Natanael, Otávio(Deivid), Hernani, Nikão, Marcos Guilherme, Walter, Douglas Coutinho

Surpresa do campeonato brasileiro até aqui, o Atlético fez um Campeonato Paranaense ridículo. Teve de disputar o quadrangular de descenso, mas saiu fortalecido.

A vitória de 7 a 0 sobre o Nacional ainda na primeira fase do estadual fez surgir uma pitada de esperança no torcedor rubro-negro. Mas o time não fez mais nada até a chegada do maior atacante do Brasil, Walter.

O ex-jogador do Fluminense mostrou a que veio. Ele gosta de ser protagonista. Não quer ficar de coadjuvante, tocando bola para o Fred, ele quer os holofotes. E no Atlético, ele conseguiu encontrar seu futebol.

O problema do Furacão é justamente a Walterdependência. Sem ele, o time pode voltar a jogar o futebol pífio do estadual. O ataque é inexperiente, mas muito talentoso. Douglas Coutinho(21) e Marcos Guilherme(19) são a demonstração de um trabalho magnífico da base atleticana.

A falta de jogadores no banco e uma zaga menos confiável que o ataque fazem do futuro do Furacão uma queda. E metade das partidas não serão na Arena da Baixada. O Atlético-PR não seguirá no topo mas não passará sustos.

Previsão: COADJUVANTE

Ponte Preta
Cajá
(Com Renato Cajá, a Ponte Preta é muito mais inflamente)

Ponto forte: Guto Ferreira
Ponto fraco: Assédio pelos jogadores
Fique de olho: Renato Cajá
Time base: Marcelo Lomba, Rodinei, Tiago Alves, Pablo, Gilson, Josimar, Fernando Bob, Renato Cajá, Biro Biro, Felipe Azevedo, Diego Oliveira(Borges)

Sensação do campeonato até aqui, a Macaca promete muito no campeonato. Conhecida por tirar pontos dos grandes no campeonato paulista, a Ponte vem com o melhor seu melhor time desde, pelo menos, o início dos pontos corridos.

O técnico Guto Ferreira ficou conhecido pelo excelente trabalho de recuperação na Lusa em 2013, que livrou o time do rebaixamento no campo (tapetão à parte). Antes disso, havia levado o Mogi Mirim à série C do campeonato brasileiro e fora campeão do interior paulista com a mesma Ponte.

Voltou à Ponte Preta ainda no ano passado, quando se sagrou vice-campeão da série B, perdendo o título na última rodada. No campeonato paulista, foi às quartas-de-final, eliminado em jogo polêmico contra o Corinthians.

No Brasileirão, a Ponte iniciou de forma avassaladora. Renato Cajá marcou três golaços, o time jogou bem em todas as partidas no Moisés Lucarelli, humilhou o Vasco em São Januário e a expectativa é alta.

Como todo time de pequeno e médio porte, os principais jogadores já estão sendo sondados pelas equipes maiores e a Macaca terá de se contentar com o meio da tabela. O trabalho de Guto Ferreira deve suportar as adversidades e o clube continuará na série A.

Previsão: COADJUVANTE

Santos
LUCASGEUVANIO
(O Santos depende da dupla para a seguir sonhando alto)

Ponto forte: Lucas Lima
Ponto fraco: Cofres do clube
Fique de olho: Geuvânio
Time base: Vanderlei, Daniel Guedes, David Braz, Werley, Victor Ferraz, Lucas Otávio, Elano, Lucas Lima, Geuvânio, Robinho, Ricardo Oliveira

Um ataque poderoso, uma zaga questionável, dinheiro em caixa negativo. O Santos viveu, no início do ano, uma realidade delicadíssima. Desde a venda de Neymar e Ganso, o clube, ironicamente, se afundou em dívidas, e as cifras que o Peixe deveria ter jamais foram vistas. A troca de direção deixou o presidente Modesto Roma Jr. em maus lençóis.

O clube teve de se desfazer de Arouca, Aranha, Edu Dracena, Mena, Leandro Damião e a pressão dos torcedores para usar jogadores da base fizeram Thiago Ribeiro procurar outro clube. Damião, que custou 40 milhões de reais ao Santos ainda saiu de graça para o Cruzeiro, após rescisão de contrato na justiça.

A expectativa é de venda dos principais jogadores, Lucas Lima, Geuvânio e Robinho. Este último, para piorar, ainda desfalca o time da Vila por, pelo menos, um mês, pois disputará a Copa América com a Seleção Brasileira.

Sem eles, o Peixe se torna comum. Com eles, um esquadrão.

Outra incógnita é a torcida, que não vai à Vila, e, por isso, a diretoria planeja vender algumas partidas para outros estádios, a fim de fazer caixa.

A expectativa para o Santos não poderia ser outra:

Previsão: COADJUVANTE

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