Depois da tempestade vem a… outra tempestade!

Raphael Felice

7×1! Há um ano a Seleção Brasileira sofria a sua maior derrota da sua história e em solo nacional. O baque, a tristeza e a sensação de incredulidade ao ver o passeio alemão ao término da partida, fez o mundo se virar para o Brasil com olhar de chacota. Inclusive nós brasileiros, até porque, a melhor forma de lidar com a desgraça é rir dela.

Mas rir é uma coisa e ignorar é outra completamente diferente. A gente não esquece, mas os cartolas que constituem a Confederação Brasileira de Futebol devem ter esquecido. O 7×1, antes motivo de piada já não tem mais graça para os brasileiros. Não pelas más lembranças do fatídico dia 8 de julho de 2014, mas sim por não estar acontecendo nenhuma mudança na estrutura do futebol brasileiro.

O desânimo, começou quando Dunga foi escolhido, novamente como técnico da Amarelinha. A esperança de que fossem cumpridas as promessas de renovação, de reestruturação no ANTIGO país do futebol foram imediatamente destruídas.

Desde 1994, como treinador ou auxiliar, nós vemos os mesmos nomes: Parreira, Zagallo, Felipão e Dunga (além de Mano Menezes). Os profissionais que aceitam qualquer tipo de recomendação e ordem da CBF, que não batem e compactuam com a sujeira feita pela confederação. Sempre foi muito estranho que os melhores técnicos em atividade no futebol brasileiro nunca eram chamados para treinar a Seleção e quando eram chamados, não tinham o tempo necessário para exercer seu trabalho, como aconteceu com Luxemburgo e Mano Menezes mais recentemente.

Muricy Ramalho e Tite eram tidos como certeza para assumir o cargo, mas foram preteridos pelos ultrapassados Luiz Felipe Scolari e Dunga. Isso, sem contar a negativa da contratação de Pep Guardiola, que chegou a se oferecer e dizer que queria fazer o Brasil campeão do mundo.

E ao lembrar de toda essa tragédia e sucessão de erros, as únicas mudanças do futebol brasileiro foram: Entrar em campo com tapete vermelho, as equipes entrarem juntas no gramado, tocar o hino nacional antes do início de todas as partidas e orientar aos árbitros a distribuírem cartões por quaisquer interpelações feitas pelos jogadores, por mais educadas e amistosas que elas sejam. Nem mesmo a prisão de José Maria Marín diminuiu o ímpeto dos déspotas da bola, que tentam de todo o jeito, brecar algumas das tentativas do Bom Senso FC de melhorar o futebol.

7×1 realmente deve ter sido pouco. Quem sabe quando passarmos por um vexame maior, quando outra seleção alcançar o Brasil no nosso tão bradado pentacampeonato, seja o que falta para a profissionalização do futebol brasileiro, para que enfim, voltemos a ser o País do Futebol.

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