Grita, Torcedor: AQUI É GALO!

Muito se fala sobre times “incaíveis” e sobre salões repletos de taças e prêmios. Sobre isso eu tenho duas coisas a dizer, antes mesmo de falar o meu time.

Primeiro, todo time cai. É só ele ter o azar de arrumar uma diretoria incompetente ou uma torcida vacilante ou um plantel ineficaz. Ou até todas essas opções juntas de mais outras várias. Certo, ainda bem que existem times que não deram esse azar, não foram enfraquecidos como agremiação ou como empresa que são. Ótimo.

Agora, outra coisa. Quando você fica escrachando ou escancarando a coleção de premiações e vitórias do seu time e comparando com o seu rival é uma coisa. Faz parte da competição, do esporte, do amor à camisa e aquele rancorzinho que se nutre contra o rival, os rivais ou adversários em campo. Maravilhoso, parabéns.

Outra é vilipendiar o adversário, ficar puxando o saco de time de outros estados, de outros países, fazer pouco caso do próprio time enquanto faz ainda pior com o resto dos times de seu país.

Tem time que é amplamente odiado por esse ou aquele motivo. O Galo é odiado por se exaltar e ficar se achando. Vivem falando que detestam o meu time por isso. Que não é nada à altura do Cruzeiro e ainda sim se acha no direito de ser seu rival. Aí eu te pergunto: “E daí?” Aqui é Galo, oras. Somos galudos mesmo. Se você fosse o time do Toninho Cerezo, Dadá Maravilha, Reinaldo e tivesse feito o que o Galo fez como pioneiro em tantas coisas você seria maluco assim também. E se você não é, problema seu!

“Ahh mas o Galo não tem nem a metade das taças do Cruzeiro e mimimimi” Cara, se eu gostasse de taça eu torceria para o São Paulo ou para o Santos. Palmeiras também. Não para o Cruzeiro que é, por acaso, meio que um clone do Palmeiras e que, infelizmente muitas vezes, come sardinha e arrota caviar. Tá ok, torcidas criam vícios e manias por conta da história de seus times e contextos de cada época.

Concluindo. Você pode achar ou deixar de achar o que quiser, nada te impede e ninguém tá aqui pra te obrigar a nada. Só estou dizendo que pode falar asneiras à vontade como “Ronaldinho revelou o Galo” que eu vou, no máximo, achar incrível. Ou vou achar incrível sua ignorância futebolística ou seu senso de humor apurado. Calibrado num tipo de sarcasmo e cinismo que com certeza deve, de alguma forma, dar novos ares pro nosso futebol… ou não.

Enfim, o Galo Carijó, sim aquele que vencia tudo e todos e que serviu de base pro mascote do Atlético-MG e pra sua identidade. Aquele Galo ainda existe, em algum lugar, por debaixo desse amontoado de frustrações, incompetências e lampejos nefastos do destino. Coisas que fizeram tantas vezes o meu time ser chamado de Cavalo Paraguaio. Fazer o quê?

Ele ainda está lá, assim como o Trio Maldito ficou marcado na história do Galo. Que é só um pedacinho de uma história e de um dos vários times desse país. Estão lá, você não pode fingir que não estão. E se insistir em fingir por esse ou aquele motivo, ah, aí sim vou achar ótimo quando você levar uma esporada.

*Texto escrito pelo colaborador Fernando Cristino, atleticano fanático.

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