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Podcast 1 – Internacional Classificado, Vexame do Cruzeiro

Primeiro podcast do Subindo a Linha. Ainda em testes.

Neste primeiro episódio, discutimos a classificação do Internacional, o vexame do Cruzeiro, a saída de Guerrero, a dança das cadeiras, que derrubou muitos técnicos dos cargos e o placar da rodada.

1º Bloco 0’00”
Manchetes

2º Bloco 1’50”
Classificação do Internacional
Vexame do Cruzeiro

3º Bloco 17’00”
Saída de Guerreiro
Dança das Cadeiras

4º Bloco 41’10”
Palpites da rodada

Além disso, sugerimos o podcast do canal Trivela, discutindo as prisões de José Maria Marin e outros envolvidos em esquemas de corrupção da FIFA.

Nesta edição, José Eduardo, Alexandre Falcão, Pedro Abelin e El Loco

O que esperar de São Paulo, Corinthians e Galo focados no Campeonato Brasileiro?

José Eduardo

Sempre que começa o Brasileiro, ficamos descrentes sobre o futuro. Afinal, o calendário bizarro motiva os clubes que disputam a Libertadores a poupar os titulares no campeonato nacional.

Exemplo disso foi a rodada passada. O Galo foi à Allianz Parque (sim, Allianz Parque, porque respeitamos os naming rights que foram comprados pela seguradora. Não temos problema em fazer propaganda gratuita, uma vez que este é o nome, de direito, do estádio) e enfrentou o Palmeiras com um time misto. Empatou naquela que foi a melhor partida da rodada. 2 a 2. Mas aquele não é o time que vai disputar o brasileiro. Então, esquece o que aconteceu em São Paulo, não serve de parâmetro.

Em Cuiabá, o pior jogo da rodada (lado a lado com Vasco e Goiás) foi protagonizado por Cruzeiro B x Corinthians B. Dois times mais do que reservas fizeram uma partida com nível técnico deplorável e um alto índice de sonolência entre os torcedores.

O São Paulo enfrentou o Flamengo com um time quase titular. Jogo morno mas o Tricolor foi superior. A cabeça estava na Libertadores e o Flamengo não foi um adversário complicado.

Agora começa o Brasileiro de verdade para os três favoritos ao título. Já largam com boa vantagem. São Paulo e Corinthians com 3 pontos e o Galo com um excelente empate na Allianz Parque, onde será difícil pontuar como visitante. Além disso, os outros dois postulantes ao título continuam na Libertadores e perderam na primeira rodada. Cruzeiro e Inter provavelmente perderão mais alguns pontos até voltarem a atenção totalmente ao campeonato nacional.

Se fosse para escolher um campeão, eu diria ser o Corinthians. O time fez um início de ano devastador. O esquema proposto por Tite encaixou perfeitamente e Guerrero e Elias são o diferencial do time do Parque São Jorge. A zaga continua sólida como foi nos anos anteriores. O antes contestado Felipe é a grande surpresa este ano. Além disso, venceu o Cruzeiro fora de casa (apesar de o jogo ter sido em Cuiabá, devido a uma suspensão herdada pelo clube celeste ainda no ano passado) e conseguiu 3 pontos, difíceis para as outras equipes.
O segundo seria o Galo. Mantendo a base campeã da Libertadores 2013 e da Copa do Brasil 2014 e, principalmente, o espírito lutador, a equipe de Levir Culpi buscará o título do início ao fim. Pratto supriu a saída de Tardelli com sobras. Foi o cara da semifinal contra o Cruzeiro. Levir, que sempre foi tachado de retranqueiro e medroso, deu a receita do seu novo trabalho: coragem. Colocou o time para frente na segunda etapa contra o Internacional, no Beira-Rio. A dúvida fica na lateral-direita. O time perde muito com a ausência de Marcos Rocha. Patric erra bastante na marcação. Mas a zaga sólida com o jovem Jemerson e Leonardo Silva e o ataque rápido e certeiro de Luan/Pratto dão a dimensão do potencial alvinegro.

O terceiro é o São Paulo. Favorito muito mais pelo que tem o time no papel e pelo preço do elenco que pelo futebol. O time do eterno interino Milton Cruz parece que não encaixa. A inconstância de Ganso, ora gênio, ora sumido, a insegurança da jovem zaga (Dória – 20 anos, Rafael Tolói – 24, Lucão – 19) mexe com o coração da torcida. O meio-de-campo e o ataque metem medo em qualquer um. Volantes técnicos (Souza, Denilson e Hudson), Michel Bastos completando o meio e o ataque de Copa do Mundo (Pato e Luís Fabiano). Na teoria, o São Paulo é o mais forte. Na prática, é inconstante e inseguro. Capaz de tomar gols bobos e fazer jogadas espetaculares. É a incógnita.

Vitória de Bicampeão

José Eduardo

Contestado. Desfalcado. Sem alma. O que não faltavam eram predicados péssimos, críticos a esse time do Cruzeiro. A torcida cobrava raça, meia-atacante, esquema de jogo, aparição dos craques. E, finalmente, o Cruzeiro jogou como devia jogar. Atual bicampeão brasileiro. Um time bicampeão da Libertadores e tetra da Copa do Brasil não pode temer o mata-mata e deixar o rival assumir o posto que sempre foi seu: campeão e copeiro.

A primeira partida parecia antecipar mais uma decepção. Cruzeiro apático, tomando pressão. Se não fosse seu capitão, maior ídolo, e melhor jogador, Fábio, o time celeste estaria eliminado ainda no Morumbi.

Mas quem tem Fábio, tem que confiar. Resultado final: 1 a 0 A missão celeste ainda era difícil. Vencer o São Paulo, seu maior algoz em pontos corridos.

A famosa freguesia é antiga. Mas em mata-mata, a história é diferente. 1995, o Cruzeiro vence a Copa Ouro nos pênaltis em cima do Tricolor. 2000, outra final entre Cruzeiro e São Paulo. E aos 43 do segundo tempo, Geovanni deu o título, o então tricampeonato da Copa do Brasil para Minas Gerais. 2009. Quartas de final de Libertadores. O Cruzeiro ganha as duas partidas do São Paulo. O São Paulo venceu o Cruzeiro na final da Recopa 1993, nos pênaltis e eliminou o time celeste em 2010, também nas quartas de final da Libertadores, como um ano antes. O retrospecto era azul. E quis o destino que a decisão fosse de novo para as penalidades máximas. 1 a 0 no Mineirão. Supremacia do Cruzeiro assim como o São Paulo o fez no Morumbi.

Jogos muito parecidos. Os mandantes dominando os visitantes. Aos 9 minutos, Leandro Damião fez o gol que decretou os penais. Nas cobranças, Rogério Ceni abriu o placar. Leandro Damião Perdeu. 1 x 0 Ganso e Marquinhos converteram. 2 x 1 Souza erra para o Tricolor e de Arrascaeta marca. 2 x 2. Luís Fabiano erra e Henrique marca. 2 x 3. Centurión marca e o Cruzeiro só dependia da conversão de Manoel para ir para a próxima fase. Mas o zagueiro errou. 3 x 3. Nas alternadas, Lucão errou para o São Paulo e Gabriel Xavier, jogador revelado no Soberano decreta a eliminação do time paulista. Cruzeiro classificado.

Classificado com raça, com garra, com organização, com meio-campo.